Psoríase, conheça melhor esta doença.

Psoríase, conheça melhor esta doença.

A psoríase é uma doença que se manifesta na pele, crónica e de natureza autoimune, o que significa que surge quando o sistema imunitário emite sinais anómalos que aceleram o normal ciclo de crescimento das células da pele.

A psoríase é comum na população e não é contagiosa, na maioria dos casos ocorre entre os 15 e os 30 anos, sendo também comum entre os 50 e os 60 anos de idade. Afeta 1 a 3% da população e pode manifestar-se em qualquer parte do corpo, estando associada a doenças como a diabetes, doença cardíaca e a depressão. As áreas mais afetadas tendem a ser os cotovelos, joelhos, couro cabeludo, unhas e a região lombar.

Existe uma forma particularmente incapacitante de psoríase é aquela que afeta as articulações e que ocorre em cerca de 10% dos doentes. Esta forma designa-se por artrite psoriática e causa dor e deformação das articulações das mãos, pés, membros ou coluna.

Embora a sua origem seja ainda mal compreendida, parece existir uma base genética para esta alteração do sistema imunitário. Como tal, é comum o aparecimento de psoríase em vários membros de uma mesma família.

Com frequência, a psoríase é desencadeada por um acontecimento stressante, uma amigdalite, a utilização de alguns medicamentos, uma lesão na pele, uma queimadura solar ou clima demasiado frio e seco.

De um modo geral, a psoríase depende da existência de uma predisposição genética associada a um estímulo externo. As suas manifestações podem ser ligeiras, moderadas ou graves, dependendo da extensão de pele afetada. As formas ligeiras correspondem a um compromisso inferior a 3%, as moderadas entre 3 a 10% e as graves são aquelas em que mais de 10% da pele se encontra afetada. Felizmente, a forma ligeira é a mais comum (80% dos casos). Contudo, mesmo estas formas ligeiras podem apresentar um impacto muito negativo na qualidade de vida, sobretudo quando ocorrem na palma das mãos ou na planta dos pés.

Existem várias doenças da pele com sinais semelhantes aos da psoríase e, por isso, o diagnóstico deve ser sempre estabelecido pela observação clínica por um dermatologista. Em alguns casos poderá ser necessária a confirmação com biópsia de tecido dérmico.

Para lá da observação da pele, o dermatologista também procurará conhecer a história familiar do paciente e entender melhor as suas atividades diárias, de modo a despistar os fatores desencadeantes.

Existem muitas opções terapêuticas para a psoríase, consoante o tipo da mesma o tratamento terá de ser também diferenciado. Esses tratamentos podem ser meramente locais ou requererem uma abordagem mais geral. De um modo geral, a fototerapia ou os cremes são utilizados quando as áreas afetadas são limitadas. Os medicamentos orais ou injetáveis são úteis quando o impacto da psoríase na qualidade de vida é importante.

Para muitos casos da psoríase em placas, o recurso a cremes hidratantes, pomadas ou champôs é suficiente para controlar as placas. Esses tratamentos locais controlam a inflamação e reduzem a taxa de multiplicação das células da pele.

 Não existe forma de prevenir esta doença, mas é possível reduzir o número de surtos, mantendo a pele seca e cuidada, evitando o stress, a ansiedade e os medicamentos que a podem desencadear.

Publicado em: 21/02/2022
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