A gravidez é um período de extrema importância na vida de uma mulher, é uma preocupação comum a todas as gravidas o bom desenvolvimento do bebé e o decurso normal e saudável de toda a gestação. Uma alimentação saudável durante a gravidez tem um impacto positivo sobre a saúde e o desenvolvimento normal do seu bebé.
Existem micronutrientes, vitaminas e minerais, que têm um papel fundamental para um bom desenvolvimento fetal e, é essencial perceber, que a qualidade dos alimentos é mais importante que a sua quantidade, e que estar grávida não significa comer por dois. A maioria dos nutrientes é obtido através de uma alimentação equilibrada, existindo apenas alguns micronutrientes que devem ser suplementados à parte.
Uma dieta equilibrada e variada deve incluir proteínas (peixe, carne, ovos, queijo, soja, legumes e frutos secos), hidratos de carbono (pão, preferencialmente integral, batata, massa, arroz, leguminosas), sais minerais (ovo, peixe, carne bem cozinhada, batatas, cenouras, feijão verde, entre outros) fibras vegetais (cereais e legumes), vitaminas (fruta) e gordura (preferencialmente azeite puro).
As necessidades vitamínicas durante a gravidez, aumentam em média cerca de 10%, apesar de em algumas delas existir uma necessidade superior e por isso existir a necessidade de serem suplementadas. É o caso do ácido fólico, o iodo, o ferro, o zinco, o cálcio e a vitamina D e o Magnésio. Vamos referir o papel destes micronutrientes no desenvolvimento do bebé, a necessidade de suplementar e a sua presença em alimentos, para facilitar as escolhas alimentares se está nesta fase!
Ácido fólico
Desempenha um papel essencial na redução do risco de desenvolvimento de malformações do tubo neural do bebé, na formação e bom funcionamento do sistema nervoso e intervém no desenvolvimento das células e na produção dos glóbulos vermelhos.
Na fase de preconceção as suas necessidades estão aumentadas, por isso inicia-se a suplementação antes da conceção, no caso desta ser planeada, e mantem-se durante os primeiros três meses de gravidez.
Os alimentos ricos em ácido fólico – frutas e hortícolas (laranja, tangerina, beterraba, couve-bruxelas, espargos, couve lombarda, brócolos, agrião), cereais integrais (pão integral, flocos de trigo integral, massa e arroz integrais) e leguminosas (lentilhas, ervilhas, feijão, grão-de-bico, favas).
Iodo
O seu défice pode comprometer o desenvolvimento cognitivo fetal, além disso, um bom aporte garante o bom funcionamento da glândula tiroideia.
Hoje em dia está recomendada a toma de um suplemento diário de iodo sob a forma de iodeto de potássio – 150 a 200 μg/dia – tanto na preconceção, como na gravidez e amamentação, ou apenas a substituição de todo o sal por sal iodado na alimentação.
Os alimentos ricos em iodo são: pescado, leguminosas e hortícolas, algas, leite e outros produtos lácteos.
Ferro
Contribui para a formação dos glóbulos vermelhos e hemoglobina e na prevenção da anemia. É também importante para o desenvolvimento do sistema nervoso do feto e para o metabolismo energético. A deficiência em ferro durante a gravidez pode levar ao risco de baixo peso ao nascimento, perturbações na formação neuronal, prematuridade e mortalidade perinatal.
Alimentos ricos em ferro – carne, peixe, vísceras (fígado), cereais integrais (pão, flocos, farinha, massa), leguminosas (feijão, grão, favas, lentilhas), espinafres, brócolos e outros hortícolas de folha de cor verde-escuro.
Zinco
Este mineral é imprescindível para o bom funcionamento do sistema imunológico mas também é fundamental para a diferenciação e multiplicação celular, assim como, para o metabolismo energético, ADN e síntese proteica.
Os alimentos ricos em zinco são a carne, peixe, frutos oleaginosos (nozes, amêndoas, avelãs, amendoim), cereais integrais, produtos lácteos e leguminosas.
Cálcio e Vitamina D
Desempenha um papel fundamental na formação dos ossos, esqueleto e dentes do bebe, sendo que as suas necessidades aumentam particularmente no último trimestre devido à mineralização óssea, é importante não esquecer que para a fixação do cálcio é fundamental a vitamina D.
Alimentos ricos em cálcio e vitamina D respetivamente – leite, produtos lácteos (iogurte/queijo), couve-galega, brócolos, sardinhas em lata, cereais integrais; e peixe gordo (sardinha, cavala, salmão, atum), ovos e claro exposição solar.
Magnésio
Importante na divisão celular mas também relacionado com a diminuição do risco de pré-eclampsia, é também muito indicado para a diminuição das contrações nos últimos trimestres de gravidez.
Alimentos ricos em magnésio – frutos oleaginosos (nozes, amêndoas, avelãs, amendoim), banana, flocos trigo integrais e seus derivados, aveia, leguminosas (feijão, grão).
A suplementação destes micronutrientes deve ser sempre aconselhada pelo ginecologista/obstetra ou médico de família que segue a gravidez, cada mulher é única e tem necessidades muito distintas, e o próprio decurso da gravidez altera as possíveis necessidades destes compostos.
Existem muitos suplementos que num só comprimido suplementam estes micronutrientes nas doses diárias recomendadas, torna-se mais prático fazer apenas um comprimido que inclui todos os suplementos necessários, sem carências e sem excessos e melhor que tudo, tornando-se uma rotina que evita esquecimentos!
Se gostou deste artigo, porque não o partilha na sua cronologia do Facebook através da opção “partilhar” aqui em baixo?